Universalismo é a crença no fato de que todos serão salvos. Há várias pessoas hoje em dia que defendem o ponto de vista da “Salvação Universal” - a idéia de que todos os homens eventualmente irão para o Céu com o Senhor. Talvez seja o pensamento de homens e mulheres vivendo uma vida de tormento no inferno que faz com que alguns rejeitem o ensinamento das Escrituras nesta questão. Para alguns é a sua ênfase exacerbada no amor e na compaixão de Cristo que os levam a acreditar que Deus terá misericórdia de toda alma vivente. Mas as Escrituras ensinam que alguns homens irão passar a eternidade no inferno, enquanto outros irão passar a eternidade no Paraíso com o Senhor.
Antes de tudo, há prova de que os homens não redimidos irão habitar no inferno para sempre. As palavras do próprio Jesus confirmam que o tempo que os redimidos irão passar no Céu durará tanto quanto o tempo que os não redimidos irão passar no inferno. Mateus 25:46 diz: “E irão estes [não-redimidos] para o castigo ETERNO, porém os justos, para a vida ETERNA” (minha ênfase). Alguns acreditam que aqueles no inferno irão eventualmente cessar de existir, mas o Senhor mesmo confirma que irá durar para sempre. Este “fogo eterno” é mencionado anteriormente em Mateus 25:41 também. Em Marcos 9:44 Jesus diz que o inferno é onde “nem o fogo se apaga”. Ele nunca irá se apagar porque irá durar para sempre.
Como alguém pode evitar este “fogo que não se apaga”? Muitas pessoas acreditam que todos os caminhos levam para o Céu, ou consideram que Deus é tão cheio de amor e misericórdia que irá permitir que todos entrem no Céu. Enquanto Deus é certamente cheio de amor e misericórdia, foram estas qualidades que o levaram a enviar o Seu Filho, Jesus Cristo, para a terra para morrer na cruz por nós. Jesus Cristo é a porta exclusiva que leva a uma eternidade no Céu. Atos 4:12 diz: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. 1 Timóteo 2:5: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...”. Em João 14:6, Jesus diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. João 3:16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que TODO O QUE NELE CRÊ não pereça, mas tenha a vida eterna”. Se o homem escolhe por rejeitar o Filho de Deus, então ele não satisfaz os requisitos para a salvação (João 3:16,36).
Com versículos como estes, fica claro que o Universalismo e a Salvação Universal são crenças antibíblicas. O Universalismo não se alinha com o que as Escrituras ensinam. Enquanto muitas pessoas hoje em dia acusam os cristãos de serem intolerantes e “excludentes”, é importante lembrar que estas são as palavras do próprio Cristo. O cristianismo não desenvolveu essas idéias por conta própria, os cristãos simplesmente afirmam o que o Senhor já disse. As pessoas escolhem por rejeitar a mensagem porque não querem encarar o seu pecado e admitir que precisam do Senhor para que sejam salvas por Ele. Dizer que aqueles que rejeitam a provisão de Deus para a salvação através do Seu Filho serão salvos é diminuir a santidade e a justiça de Deus e negar a necessidade do sacrifício de Jesus em nosso favor.
Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.
A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).
O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.
Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?
É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”
Ateísmo é o ponto de vista de que Deus não existe. O ateísmo não é uma novidade. O Salmo 14, escrito por Davi por volta de 1000 a.C., menciona o ateísmo: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”. Estudos recentes mostram um número crescente de pessoas se tornando atéias, com 10% das pessoas do mundo inteiro declarando-se aderentes ao ateísmo. Então, por que mais e mais indivíduos estão se tornando ateus? O ateísmo é realmente a posição lógica que os ateus afirmam ser?
Por que o ateísmo sequer existe? Por que Deus simplesmente não se revela para as pessoas, provando que Ele existe? Certamente, se Deus aparecesse, todos acreditariam Nele! O problema com esta idéia é que não é a vontade de Deus convencer as pessoas de que Ele existe. A vontade de Deus é que as pessoas acreditem Nele por fé (2 Pedro 3:9) e aceitem o Seu dom da salvação (João 3:16). Sim, Deus poderia aparecer e demonstrar de uma vez por todas que Ele existe. O problema é que Deus claramente demonstrou a sua existência diversas vezes no Antigo Testamento (Gênesis capítulos 6-9; Êxodo 14:21-22; 1 Reis 18:19-31). As pessoas acreditaram que Deus existe? Sim! Elas viraram as costas para os seus caminhos maus e passaram a obedecer a Deus? Não! Se uma pessoa não está disposta a aceitar a existência de Deus por fé, então ela definitivamente não está pronta para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador por fé (Efésios 2:8-9). Esta é a vontade de Deus - que as pessoas se tornem cristãs, não simplesmente teístas (aqueles que acreditam que Deus existe).
A Bíblia nos diz que a existência de Deus deve ser aceita por fé. Hebreus 11:6 declara: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A Bíblia nos lembra de que nós somos abençoados quando nós acreditamos e confiamos em Deus pela fé: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).
O fato de que a existência de Deus deve ser aceita por fé não significa que acreditar em Deus seja algo ilógico. Existem diversos bons argumentos para a existência de Deus. Por favor visite a nossa página “Deus existe?”. A Bíblia ensina que a existência de Deus é claramente vista no universo (Salmos 19:4), na natureza (Romanos 1:18-22) e nos nossos corações (Eclesiastes 3:11). Dito isso, mais uma vez, a existência de Deus não pode ser provada, ela deve ser aceita por fé.
Ao mesmo tempo, deve-se ter a mesma fé para acreditar no ateísmo. Afirmar “Deus não existe!” é afirmar que se tem o conhecimento de absolutamente tudo o que pode ser conhecido – e de ter ido em todos os lugares possíveis do universo – e de ter testemunhado tudo o que poderia ser visto. É claro, nenhum ateu faria estas exatas afirmações. No entanto, isso é essencialmente o que eles estão afirmando ao dizer que Deus não existe. Os ateus não podem provar, por exemplo, que Deus não vive no centro do Sol ou debaixo das nuvens de Júpiter, ou em alguma nebulosa distante. Isto não pode ser provado, então não pode ser provado que Deus não existe. É necessário ter a mesma quantidade de fé para ser um ateu quanto para ser um teísta.
Então, estamos de volta ao mesmo ponto. O ateísmo não pode ser provado e a existência de Deus deve ser aceita por fé. Eu acredito fortemente que Deus existe. Eu prontamente admito que a minha crença na existência de Deus é baseada em fé. Ao mesmo tempo, eu fortemente rejeito a idéia de que a crença em Deus é ilógica. Eu acredito que a existência de Deus pode ser claramente vista, distintamente sentida e ser provada filosófica e cientificamente necessária. Mais uma vez, para mais informações visite a nossa página “Deus existe?”. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até os confins do mundo” (Salmos 19:1-4).
Aniquilacionismo é a crença de que os incrédulos não irão viver uma eternidade de sofrimento no inferno, mas serão “extinguidos” após a morte. A crença no aniquilacionismo é o resultado da falta de entendimento de um ou mais das seguintes doutrinas: (1) as conseqüências do pecado, (2) a justiça de Deus, (3) a natureza do inferno.
Em relação à natureza do inferno, aniquilacionistas não entendem o significado do lago de fogo. Obviamente, se um ser humano fosse lançado em um lago de lava, ele seria instantaneamente consumido. No entanto, o lago de fogo é um domínio tanto físico quanto espiritual. Não é simplesmente o corpo de um humano sendo lançado no lago de fogo, é o corpo, a alma e o espírito de um humano. Uma natureza espiritual não pode ser consumida por fogo físico. Ao que tudo indica, os não-salvos são ressuscitados com um corpo preparado para a eternidade da mesma forma que os salvos (Apocalipse 20:13; Atos 24:15). Estes corpos estão preparados para um destino eterno.
A eternidade é outro aspecto que o aniquilacionismo falha em adequadamente compreender. Aniquilacionistas estão corretos quando dizem que a palavra grega “aionion”, que é traduzida como eterno, não significa eterno por definição. Ela se refere especificamente a uma “era” ou “eon”, um período de tempo específico. No entanto, está claro que no Novo Testamento o uso de “aionion” é algumas vezes feito para se referir a um período de tempo eterno. Apocalipse 20:10 fala de Satanás, da besta e do falso profeta sendo lançados no lago de fogo e sendo atormentados “de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Está claro que estes três não são “extinguidos” por serem lançados no lago de fogo. Por que seria o destino dos não-salvos diferente (Apocalipse 20:14-15)? A evidência mais convincente para a eternidade do inferno é Mateus 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. Neste versículo, exatamente a mesma palavra grega é usada para se referir ao destino nos injustos e dos justos. Se os injustos são atormentados apenas por uma “era”, então os justos irão viver no Paraíso por apenas uma era. Se os crentes forem para o Paraíso para sempre, então os incrédulos irão para o inferno para sempre.
Outra freqüente objeção à eternidade do inferno feita pelos aniquilacionistas é que seria injusto se Deus punisse os incrédulos no inferno pela eternidade por causa de uma quantidade finita de pecado. Como seria justo se Deus punisse durante a eternidade uma pessoa que viveu em pecado por, por exemplo, 70 anos? A resposta é a seguinte: nosso pecado tem uma eterna conseqüência porque vai contra um Deus eterno. Quando o Rei Davi cometeu os pecados de adultério e assassinato ele disse: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos...” (Salmos 51:4). Se Davi havia pecado contra Bate-Seba e Urias, como poderia afirmar que havia pecado apenas contra Deus? Davi entendeu que todo pecado é derradeiramente contra Deus. Deus é um Ser eterno e infinito. Como resultado, todo pecado é merecedor de punição eterna. Um exemplo terreno disto seria comparar um ataque contra o seu vizinho com um ataque contra o presidente dos Estados Unidos. Sim, ambos são crimes, mas atacar o presidente resultaria em conseqüências muito piores. Quão mais terrível é a conseqüência acarretada pelo pecado contra um Deus santo e infinito?
Um aspecto mais pessoal do aniquilacionismo é a idéia de que nós não teríamos a possibilidade de sermos felizes no Paraíso se nós soubéssemos que alguns dos nossos amados estivessem sofrendo uma eternidade de tormentos no inferno. Quando nós chegarmos ao Paraíso, nós não teremos nada do que reclamar ou do que nos entristecer. Apocalipse 21:4 nos diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Se alguns dos nossos amados não estiverem no Paraíso, nós estaremos 100% de acordo que eles não deveriam estar ali – que eles serão condenados pela própria recusa de aceitar Jesus Cristo como seu Salvador (João 3:16; João 14:6). É difícil entender isso, mas nós não seremos entristecidos pela falta da presença deles. Nosso foco não deve ser em como aproveitar o Paraíso sem os nossos amados, mas em como nós podemos encaminhar nossos amados para a fé em Cristo – para que eles estejam lá.
O inferno é talvez a razão primária pela qual Deus enviou Jesus para pagar pelo preço dos nossos pecados. Ser “extinguido” depois da morte não é um destino a temer, mas uma eternidade no inferno definitivamente o é. A morte de Jesus foi uma morte infinita, pagando nosso débito infinito pelo pecado – para que nós não o tivéssemos que pagar eternamente no inferno (2 Coríntios 5:21). Tudo o que temos a fazer é depositar nossa fé Nele e então seremos salvos, perdoados, limpos e receberemos a promessa de um lar eterno no Paraíso. Deus nos amou tanto para prover a nossa salvação. Se nós rejeitarmos Seu dom de vida eterna, nós iremos encarar as eternas conseqüências dessa decisão.
A visão preterista trata o Apocalipse como uma imagem simbólica de conflitos da igreja primitiva que já se cumpriram. Esta visão nega a qualidade de previsão do futuro de grande parte do livro de Apocalipse. Em diferentes níveis esta visão combina a interpretação alegórica e sombólica com o conceito de que o Apocalipse não lida com eventos futuros específicos. O movimento preterista ensina essencialmente que todas as profecias do Novo Testamento sobre o fim dos tempos se cumpriram em 70 d.C. quando os romanos atacaram e destruiram Jerusalém e Israel.
Ao passo que as cartas para as igrejas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse foram escritas para igrejas reais do primeiro século, e têm aplicações práticas para as igrejas de hoje em dia, os capítulos 6-22 contêm escritos sobre eventos que ainda são futuros. Não há razão para interpretar profecias não cumpridas de forma alegórica. Profecias cumpridas foram cumpridas literalmente. Tome, por exemplo, todos os versículos do Antigo Testamento prevendo a primeira vinda de Cristo. Cristo veio no tempo em que estava predito que viria (Daniel 9:25-26). Cristo nasceu de uma virgem (Isaías 7:14). Cristo sofreu e morreu pelos nossos pecados (Isaías 53:5-9). Estes são alguns poucos exemplos das provavelmente centenas de profecias do Antigo Testamento que o Senhor deu aos profetas registrados nas Escrituras e que foram literalmente cumpridas. Simplesmente não faz sentido tentar alegorizar profecias não cumpridas, ou entender profecias não cumpridas de qualquer outra forma senão por uma leitura normal.
Quando você lê Apocalipse capítulos 6-18, você lê sobre o tempo mais terrível que irá existir na terra – o tempo em que a besta (anticristo) irá governar por sete anos (Grande Tribulação), e o falso profeta promoverá a besta para que o mundo inteiro a adore como deus. Então, no capítulo 19, tudo chega a um clímax com o retorno literal de Cristo. Cristo derrota a besta e o falso profeta na batalha do Armagedom, e então os lança no lago de fogo. No capítulo 20, Cristo aprisiona Satanás no abismo, e estabelece o seu reinado na terra por 1000 anos. Ao final dos 1000 anos, Satanás é solto e causa uma breve rebelião, porém Cristo rapidamente termina a rebelião e lança Satanás no lago de fogo. Então vem o juízo final, a ressurreição e o julgamento de todos os incrédulos. Os capítulos 21 e 22 descrevem o estado eterno – a forma como todos os crentes irão aproveitar a presença e a comunhão com o Senhor por toda a eternidade.
O preterismo é inteiramente inconsistente na sua interpretação do livro de Apocalipse. De acordo com a visão preterista do fim dos tempos, os capítulos 6-18 de Apocalipse são simbólicos e alegóricos, não descrevendo eventos literais. No entanto, o capítulo 19, de acordo com o preterismo, deve ser entendido de forma literal. Jesus Cristo irá retornar literal e fisicamente. Então, o capítulo 20 é de novo interpretado alegoricamente pelos preteristas. A seguir, os capítulos 21-22 são entendidos pelo menos parcialmente de forma literal, que haverá realmente um Novo Céu e uma Nova Terra. Ninguém nega que o Apocalipse contém visões incríveis e muitas vezes confusas. Ninguém nega que o Apocalipse descreve algumas coisas de forma figurativa. No entanto, seletivamente negar a natureza literal de partes do Apocalipse resulta em não ter base para interpretar qualquer parte do Apocalipse de forma literal. Se os selos, as trombetas, os flagelos, as testemunhas, os 144 mil, a besta, o falso profeta e Reino Milenar, etc. são alegóricos ou simbólicos – com que base afirmamos que a Segunda Vinda de Cristo e a Nova Terra são literais? Esta é a falha do preterismo – ele deixa a interpretação do Apocalipse para as opiniões do interpretador. Ao invés disso, nós devemos lê-lo, acreditar nele e obedecer a ele – literal e exatamente.
"Teísmo aberto”, também conhecido como “teologia da abertura” e “abertura de Deus”, é uma tentaiva de explicar a relação entre o pré-conhecimento de Deus sobre os fatos e o livre arbítrio dos homens. Os argumentos do teísmo aberto são essencialmente estes: (1) seres humanos são verdadeiramente livres, (2) se Deus soubesse o futuro absolutamente, os seres humanos não poderiam ser verdadeiramente livres, (3) portanto, Deus não sabe absolutamente tudo sobre o futuro. O teísmo aberto acredita que o futuro não pode ser conhecido. Portanto, Deus sabe tudo o que pode ser sabido – mas Ele não conhece o futuro.
O teísmo aberto baseia estas crenças em Escrituras que descrevem Deus “mudando de idéia”, ou “sendo surpreendido”, ou “parecendo adquirir conhecimento” (Gênesis 6:6; 22:12; Êxodo 32:14; Jonas 3:10). À luz de diversas outras Escrituas que declaram o conhecimento de Deus acerca do futuro, estas Escrituras devem ser entendidas como Deus descrevendo a si próprio de maneira que possamos entender. Deus sabe quais serão nossas ações e decisões, mas Ele “muda de idéia” com relação às Suas idéias baseado nas nossas ações. Deus estando “surpreso” e decepcionado com a perversidade da humanidade não significa que Ele não sabia que as coisas iriam ocorrer.
Em contradição ao teísmo aberto, Salmos 139, versos 4 e 16 declaram: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda... e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”. Como Deus poderia prever detalhes intricados sobre Jesus Cristo no Antigo Testamento se Ele não conhecesse o futuro? Como Deus poderia de alguma maneira garantir a nossa salvação eterna se Ele não soubesse o que haveria de acontecer no futuro?
Por fim, o teísmo aberto falha na sua tentativa de explicar o inexplicável – a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio da humanidade. Assim como formas extremas do Calvinismo falham ao fazer dos seres humanos nada mais que robôs pré-programados, o teísmo aberto falha ao rejeitar a verdadeira onisciência de Deus. Deus deve ser entendido por fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). O conceito do teísmo aberto não é, portanto, escritural. É simplesmente outra forma de o homem finito com a sua mente finita tentar entender um Deus infinito, da mesma forma que se tentasse beber um oceano inteiro. O teísmo aberto deve ser rejeitado pelos seguidores de Cristo. Mesmo que o teísmo aberto seja uma explicação para a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio humano – ele não é a explicação bíblica.
O Arianismo vem de Arius, ou Ário, um professor do início do século 4 D.C. Um dos assuntos mais antigos e provavelmente mais importante a ser debatido entre os cristãos da antiguidade foi a questão da divindade de Cristo. Era Jesus verdadeiramente Deus em carne ou era Jesus um ser criado? Era Jesus Deus ou apenas como Deus? Arius defendia a ideia de que Jesus foi criado por Deus como o primeiro e mais importante ato da Criação. O Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em Si mesmo.
O Arianismo engana-se ao interpretar referências sobre Jesus estando cansado (João 4:6) e Jesus não sabendo a data do Seu retorno (Mateus 24:36). Sim, é difícil compreender como Jesus poderia estar cansado e/ou não saber algo, mas dizer que Jesus era um ser criado não é a resposta. Por favor leia o nosso artigo sobre a união hipostática para uma explicação sobre esses assuntos. Jesus era completamente Deus, mas também era completamente humano. Jesus não se tornou um ser humano até a sua encarnação. Portanto, as limitações de Jesus como um ser humano não têm nenhum impacto em sua natureza ou eternidade divina.
A segunda má interpretação do Arianismo é o significado de “primogênito” (Romanos 8:29; Colossenses 1:15-20). Os arianos interpretam “primogênito” nesses versículos como se dissessem que Jesus “nasceu” ou foi “criado” como o primeiro ato de Criação. Esse não é o caso. Jesus mesmo proclamou a sua auto-existência e eternidade (João 8:58; 10:30). João 1:1-2 nos diz que Jesus “estava com Deus”. Nos tempos bíblicos, o filho primogênito de uma família ocupava uma posição de grande honra (Gênesis 49:3; Êxodo 11:5; 34:19; Números 3:40; Salmos 89:27; Jeremias 31:9). É neste sentido que Jesus é o primogênito de Deus. Jesus é o membro preeminente da família de Deus. Jesus é o ungido, o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Jesus não “nasceu”, na verdade, Ele se tornou o Senhor sobre toda a criação como o “primogênito” de Deus.
Depois de mais ou menos um século de debates em vários conselhos da igreja primitiva, a Igreja Cristã oficialmente denunciou o Arianismo como uma doutrina falsa. Desde então, o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé Cristã. No entanto, o Arianismo nunca morreu, mas tem continuado pelos séculos de várias formas diferentes. As Testemunhas de Jeová de hoje defendem uma posição parecida com a dos arianos em relação à natureza de Cristo. Assim como a igreja primitiva, precisamos renegar quais ataques na divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
Primeiramente, é importante definir “oração contemplativa”. Para os propósitos deste artigo, a oração contemplativa não é apenas “contemplar ao orar”. A Bíblia nos instrui a orar “com o entendimento” (1 Coríntios 14:15), então claramente oração envolve contemplação. No entanto, orar com entendimento não é o que a “oração contemplativa” passou a significar.
A cada ano, a oração contemplativa tem aumentado em prática e popularidade desde os meados de 1990, assim como o Movimento da Igreja Emergente – um movimento que adota muitas práticas e idéias não bíblicas. A oração contemplativa é uma dessas práticas.
A oração contemplativa, também conhecida como oração “centrante”, é uma prática meditativa onde aquele que a pratica se focaliza em uma palavra e fica repetindo-a por toda a duração do exercício. O objetivo é limpar a mente de preocupações exteriores para que a voz de Deus possa ser mais facilmente ouvida. Depois da oração de centralização, o praticante deve se sentar, ouvir a orientação direta de Deus e sentir a Sua presença.
Apesar de parecer um exercício inocente, esse tipo de “oração” não tem nenhum sustento bíblico. Na verdade, é o contrário da definição bíblica de oração. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6). “E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra” (João 16:23-24). Estes versículos, e outros, claramente retratam a oração como sendo uma comunicação compreensível com Deus, e não uma meditação mística e esotérica.
A oração contemplativa, por concepção, focaliza-se em ter uma experiência mística com Deus. O misticismo, no entanto, é puramente subjetivo e não depende de nenhuma verdade ou fato. No entanto, a Palavra de Deus nos foi dada com o propósito de nos ajudar a basear a nossa fé e nossas vidas na Verdade (2 Timóteo 3:16-17). O que conhecemos sobre Deus é baseado em fato. Confiar no conhecimento relativo à experiência acima do registro bíblico guia qualquer pessoa para fora do padrão que encontramos na Bíblia.
A oração contemplativa não é diferente dos exercícios de meditação que encontramos em religiões orientais e seitas da Nova Era. Os seus principais defensores são a favor de uma espiritualidade aberta entre os aderentes de todas as religiões, promovendo a ideia de que salvação possa ser alcançada através de muitos caminhos, apesar de Cristo ter afirmado que a salvação só pode ser alcançada através dEle (João 14:6). A oração contemplativa, como passou a ser conhecida no movimento moderno de oração, opõe-se ao Cristianismo bíblico e deve ser completamente evitada.
A espiritualidade contemplativa é uma prática bastante perigosa para qualquer pessoa que se preocupe em viver uma vida que se focaliza em Deus e na Bíblia. É comumente associada com o Movimento da Igreja Emergente, o qual é cheio de ensinamentos falsos e abomináveis. Também é usada por muitos grupos que têm pouco a ver com o Cristianismo.
Em prática, a espiritualidade contemplativa é primariamente centralizada em meditação, mas não em meditação de uma perspectiva bíblica. Na verdade, passagens bíblicas tais como Josué 1:8 nos exortam a meditar: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.” Note qual deve ser o foco de meditação: a Palavra de Deus. A meditação praticada pela espiritualidade contemplativa não se focaliza em nada, literalmente. Um praticante é exortado a completamente esvaziar sua mente e apenas “ser”. Isso deve supostamente ajudar o praticante a se abrir a uma grande experiência espiritual. No entanto, somos exortados nas Escrituras a transformar nossas mentes como a de Cristo, a ter Sua mente. Esvaziar nossas mentes é contra essa transformação ativa e consciente.
A espiritualidade contemplativa também encoraja a busca de uma experiência mística com Deus. Como definido pelo dicionário Merriam-Webster, o misticismo é “a crença de que o conhecimento direto de Deus, a verdade espiritual e a realidade fundamental possam ser alcançados através de experiência subjetiva (como intuição ou discernimento).” Essa ênfase no conhecimento de acordo com a experiência destrói a autoridade das Escrituras. Só podemos conhecer a Deus de acordo com a Sua Palavra. 2 Timóteo 3:16-17 afirma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. A Palavra de Deus é completa. Não há nenhum motivo para acreditarmos que Deus adicione quaisquer instruções ou verdades à Sua Palavra através de experiências místicas. Ao contrário, a nossa fé e o que sabemos sobre Deus são baseados em fato.
O website para o Centro de Espiritualidade Contemplativa resume muito bem: “Fomos formados por uma variedade de perspectivas seculares e religiosas e cada um de nós procuramos enriquecer nossa jornada através da prática espiritual das grandes tradições espirituais de todo o mundo. Desejamos nos aproximar do Espírito amoroso que penetra toda a criação e que inspira nossa compaixão a todos os seres.” Não há nada bíblico sobre tal prática. Qualquer pessoa que esteja considerando a espiritualidade contemplativa deve ter muito cuidado, pois ao invés de alcançar uma espiritualidade superior, essa pessoa vai ficar confusa, enganada e afastada da Verdade.
Em teologia, o conceito de dualismo supõe que existam duas entidades separadas e iguais- bem e mal – que são igualmente poderosas. Deus representa a entidade do bem e Satanás representa a entidade do mal.
No entanto, o problema aqui é que, apesar de Satanás ter poder, ele não se compara com o Deus Poderoso, pois ele foi criado por Deus na forma de um anjo antes de ter caído do céu por causa de sua rebelião (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:13-17). Como as Escrituras dizem: “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 João 4:4). Então, de acordo com as Escrituras, não há nenhum dualismo, ou duas forças opostas de igual poder chamadas de Bem e Mal. O Bem, representado pelo Deus Poderoso, é a força mais poderosa em todo o universo, sem exceção. O Mal, representado por Satanás, é uma força inferior que nem se compara com o Bem. O Mal será derrotado todas as vezes que lutar com o Bem, pois Deus, a essência do Bem, é todo poderoso, enquanto que o Mal, representado por Satanás, não é todo poderoso.
Quando qualquer doutrina retrata o Bem e o Mal como duas forças que se opõem, essa doutrina contradiz a posição das Escrituras de que o Bem, representado pelo Deus Poderoso, é o poder dominante do universo. Já que Satanás não era, e nunca será, igual a Deus, qualquer doutrina que assim afirmar deve ser descartada como sendo falsa. Só porque Satanás foi expulso do céu por tentar ser superior a Deus e ser louvado em Seu lugar não significa que Satanás desistiu de ser igual ou superior a Deus, assim como evidenciamos pelas características básicas do "dualismo" que surgiram em grande parte devido ao canal filosófico de sabedoria humana.
O dualismo não pode existir em nenhum canto do universo, independentemente do que nossos filósofos nos digam. Há apenas um poder que possa exceder qualquer coisa, e esse poder é o Deus Poderoso, como a Bíblia nos revela. Portanto, de acordo com a evidência encontrada nas Escrituras, há apenas um poder onipotente, não dois. Dessa forma, qualquer doutrina de dualismo que defenda a existência de dois poderes iguais que se opõem (o bem e mal) é uma doutrina falsa.
Em resumo, a teoria JEDP afirma que os primeiros cinco livros da Bíblia, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, não foram inteiramente escritos por Moisés (o qual morreu em 1451 A.C.), mas também por outros autores depois de Moisés. A teoria é baseada no fato de que nomes diferentes são usados para Deus em porções diferentes do Pentateuco, e pode-se notar diferenças no estilo linguístico. As letras da teoria JEDP significam os quatro supostos autores: o autor que usa Jeová como o nome de Deus, o autor que usa Elohim como o nome de Deus, o autor de Deuteronômio e o provável autor eclesiástico (priestly em inglês) de Levítico. A teoria JEDP afirma que as porções diferentes do Pentateuco foram provavelmente agrupadas no quarto século A.D, possivelmente por Esdras.
Então, por que há nomes diferentes para Deus em livros supostamente escritos por um só autor? Por exemplo, Gênesis capítulo 1 usa o nome “Elohim” enquanto que Gênesis capítulo 2 usa o nome “Yahweh / Jeová”. Exemplos assim ocorrem frequentemente no Pentateuco. A resposta é simples. Moisés tinha um objetivo ao usar os nomes de Deus. Em Gênesis capítulo 1, Deus é Elohim, o grande Deus Criador. Em Gênesis capítulo 2, Deus é Jeová, o Deus pessoal que criou a humanidade e com a qual se relaciona. Isso não significa que foi escrito por autores diferentes, mas que um só autor usou vários nomes de Deus para enfatizar uma particularidade e descrever aspectos diferentes do Seu caráter.
Em relação aos estilos diferentes, não devemos esperar que um autor tenha um estilo diferente quando estiver escrevendo história (Gênesis), estatutos legais (Êxodo, Deuteronômio) e detalhes intricados do sistema de sacrifícios (Levítico)? A teoria JEDP destaca as diferenças explicáveis do Pentateuco e inventa uma teoria bem elaborada que não tem nenhuma base real ou histórica. Nenhum documento J, E, D, P jamais foi descoberto. Nenhum estudioso judeu ou Cristão jamais sugeriu que tais documentos realmente existiram.
O argumento mais poderoso contra a teoria JEDP é a própria Bíblia. Jesus, em Marcos 12:26 disse: "E, acerca dos mortos que houverem de ressuscitar, não tendes lido no livro de Moisés como Deus lhe falou na sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó?" Portanto, Jesus diz claramente que Moisés escreveu a narrativa do fogo na sarça em Êxodo 3:1-3. Lucas, em Atos 3:22, comenta sobre uma passagem em Deuteronômio 18:15 e se refere a Moisés como sendo o autor de tal passagem. Essa passagem na verdade começa em Levítico 18:1 e continua até o versículo 5. Paulo está testificando que Moisés é o autor de Levítico. Então, temos Jesus mostrando que Moisés era o autor de Êxodo, Lucas (em Atos) mostrando que Moisés escreveu Deuteronômio, e Paulo dizendo que Moisés foi o autor de Levítico. Para que a teoria de JEDP fosse verdadeira, Jesus, Lucas e Paulo ou tinham que ser mentirosos, ou errados ao interpretar o Antigo Testamento. Vamos colocar a nossa fé em Jesus e nos autores humanos das Escrituras, ao invés de na teoria ridícula e sem qualquer fundamento de JEDP (2 Timóteo 3:16-17).
O relativismo moral é mais facilmente compreendido quando comparado com o absolutismo moral. O absolutismo afirma que a moralidade depende de princípios universais (lei natural, consciência). Os absolutistas Cristãos acreditam que Deus seja o recurso principal da nossa moralidade comum, e que essa moralidade é tão imutável quanto Ele. O relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc. O relativismo moral está ficando cada vez mais popular nos dias de hoje.
Muitas coisas podem ser ditas sobre os argumentos para o relativismo que demonstram a sua natureza duvidosa. Primeiro, embora muitos dos argumentos usados na tentativa de sustentar essas afirmações até pareçam bons de primeira, há uma contradição lógica inerente em todos eles, pois todos propõem um esquema moral “correto” – o esquema que todos nós devemos seguir. Entretanto, isso em si é absolutismo. Segundo, mesmo os tão chamados relativistas rejeitam o relativismo na maioria dos casos – eles não diriam que um assassino ou estuprador não são culpados contanto que não tenham violado os seus próprios padrões. Terceiro, o fato de que temos palavras como "certo", "errado", "deve", “melhor", etc., mostra que essas coisas existem. Se a moralidade fosse realmente relativa, essas palavras não teriam qualquer significado, diríamos: - “isso me faz sentir mal”, e não “isso é errado”.
Os relativistas podem até argumentar que valores diferentes entre culturas diferentes mostram que as morais são relativas para pessoas diferentes. Mas esse argumento confunde as ações dos indivíduos (o que eles fazem) com padrões absolutos (se devem fazê-lo ou não). Se a cultura é o que determina o certo e errado, como poderíamos ter julgado os nazistas? Afinal de contas, eles estavam seguindo a moralidade de sua própria cultura. Eles estavam errados apenas se o assassinato fosse universalmente errado. O fato de que tinham “sua moralidade” não muda isso. Além disso, apesar de muitas pessoas demonstrarem a moralidade de formas diferentes, elas ainda compartilham uma moralidade em comum. Por exemplo, os aborcionistas e anti-aborcionistas concordam que o assassinato seja errado, mas descordam em se aborto é assassinato ou não. Até nesse caso vemos a veracidade da moralidade universal absoluta.
Alguns afirmam que situações diferentes causam moralidades diferentes – em situações diferentes, os atos diferentes são julgados de uma forma que talvez não seja correta em outras situações. Há três coisas pelas quais devemos julgar uma ação: a situação, o ato e a intenção. Por exemplo, podemos condenar uma pessoa que tentou cometer assassinato (intenção) mesmo se tenha falhado (ato). Então, as situações fazem parte da decisão moral, pois preparam o contexto no qual podemos escolher o ato moral específico (a aplicação dos princípios universais).
O argumento principal que os relativistas tentam usar é o da tolerância. Eles afirmam que é intolerante dizer a alguém que a sua moralidade esteja errada, e o relativismo tolera todas as posições. No entanto, isso é simplesmente um engano. Antes de tudo, o mal nunca deve ser tolerado. Devemos tolerar o ponto de vista de um estuprador de que mulheres são objetos de gratificação a serem usadas? Segundo, esse argumento se destrói porque os relativistas não toleram a intolerância ou o absolutismo. Terceiro, o relativismo não pode explicar por que qualquer pessoa deva ser tolerante em primeiro lugar. O fato de que devemos tolerar pessoas (mesmo quando descordamos) é baseado na regra moral absoluta de que devemos sempre tratar as pessoas justamente – mas isso é absolutismo de novo! Na verdade, sem os princípios universais morais, a bondade não pode existir.
O fato é que todas as pessoas nascem com uma consciência e todos nós instintivamente sabemos quando ofendemos ou fomos ofendidos. Agimos como se esperássemos que as outras pessoas reconhecessem isso também. Mesmo como crianças, conhecíamos a diferença entre "justo" e "injusto". É necessária uma filosofia ruim para nos convencer de que estamos errados.
O Panteísmo é a crença de que Deus é tudo e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus. O Panteísmo é semelhante ao Politeísmo (a crença em muitos deuses), mas vai além dele ao ensinar que tudo é Deus. Uma árvore é Deus, uma rocha é Deus, um animal é Deus, o céu é Deus, o sol é Deus, você é Deus, etc. O Panteísmo é a suposição por trás de muitas seitas e religiões falsas (ex: Hinduísmo e Budismo, as várias seitas de unidade e unificação, e os adoradores da mãe natureza).
A Bíblia ensina o Panteísmo? Não, não ensina. O que muitas pessoas confundem com Panteísmo é a doutrina da onipresença de Deus. Salmos 139:7-8 declara: "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também." A onipresença de Deus significa que Ele está presente em todo os lugares. Não há qualquer lugar no universo onde Deus não esteja presente. Isso não é o mesmo que Panteísmo. Deus está em todo canto, mas Ele não é tudo. Sim, Deus está "presente" dentro de uma árvore ou de uma pessoa, mas isso não torna aquela árvore ou pessoa Deus. O Panteísmo não é de qualquer forma uma crença bíblica e é incompatível com fé em Jesus Cristo como Salvador (João 14:6; Atos 4:12).
Pelágio era um monge que viveu no fim do século 4 e início do século 5 D.C. Ele ensinava que os seres humanos nasciam inocentes, sem a mancha do pecado original e pecado herdado. Também acreditava que Deus criava diretamente toda alma humana e, portanto, toda alma era livre do pecado. Pelágio acreditava que o pecado de Adão não tinha afetado as gerações futuras da humanidade. Essa interpretação ficou conhecida como Pelagianismo.
O Pelagianismo contradiz muitas Escrituras e princípios bíblicos. Primeiro, a Bíblia nos ensina que somos pecadores no momento da concepção (Salmo 51:5). Além disso, a Bíblia ensina que todos os seres humanos morrem como resultado do pecado (Ezequiel 18:20; Romanos 6:23). Embora o Pelagianismo diga que os seres humanos não nascem com uma inclinação natural ao pecado, a Bíblia diz o contrário (Romanos 3:10-18). Romanos 5:12 claramente afirma que o pecado de Adão é a razão pela qual o pecado afeta o resto da humanidade. Qualquer pessoa que tenha tido filhos pode atestar ao fato de que bebês precisam ser ensinados a se comportarem; eles não precisam ser ensinados a pecar. O Pelagianismo, no entanto, é claramente anti-bíblico e deve ser rejeitado.
O Semipelagianismo essencialmente ensina que a humanidade é manchada pelo pecado, mas não ao extremo de não podermos cooperar com a graça de Deus com os nossos próprios esforços. Essa crença é, em essência, depravação parcial, ao invés de depravação total. As mesmas escrituras que refutam o Pelagianismo refutam o Semipelagianismo. Romanos 3:10-18 com certeza não descreve a humanidade como sendo apenas parcialmente manchada pelo pecado. A Bíblia claramente ensina que sem Deus fazendo com que certa pessoa se "aproxime" dEle, somos incapazes de cooperar com a graça de Deus. "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). Assim como o Pelagianismo, o Semipelagianismo é anti-bíblico e deve ser rejeitado.
Politeísmo é a crença na pluralidade de deuses. Ao se examinar a palavra, aprendemos que "poli" vem da palavra grega para "muitos" e "teísmo" da palavra grega para "deuses". Politeísmo provavelmente tem sido a característica dominante de muitas religiões na história humana. O exemplo mais comum do Politeísmo da antiguidade é a mitologia grega/romana (Zeus, Apolo, Afrodite, Poseidon, etc). O exemplo moderno mais claro do Politeísmo é o Hinduísmo, o qual tem mais de 300 milhões de deuses. Apesar do Hinduísmo ser, em essência, panteísta, ele ainda possui crenças em muitos deuses. É interessante notar que até mesmo em religiões politeístas, existe um deus que é supremo sobre outros deuses, ex: Zeus na mitologia romana/grega e Brama no Hinduísmo.
Alguns argumentam que a Bíblia ensine o Politeísmo no Antigo Testamento. É verdade que muitas passagens se referem a "deuses" no plural (Êxodo 20:3; Deuteronômio 10:17; 13:2; Salmos 82:6; Daniel 2:47). A antiga Israel entendia completamente que havia apenas um Deus verdadeiro, mas frequentemente não vivia como se realmente acreditasse nisso, por isso continuava a cair em idolatria e no louvor de outros deuses. Então, como devemos encarar essas passagens e outras que falam de múltiplos deuses? É importante notar que a palavra hebraica elohim era usada para se referir ao Deus verdadeiro e aos deuses/ídolos falsos. Funcionava quase identicamente à palavra "Deus". Quando a palavra Elohim era usada para descrever Jeová, estava retratando a Sua natureza trina – três Deuses em um.
Descrever algo como um "deus" não significa que você acredite que esse seja um ser divino. A grande maioria das Escrituras do Antigo Testamento que fala de "deuses" está falando de deuses falsos, aqueles que clamam ser deuses mas na verdade não o são. 2 Reis 19:18 resume muito bem: "E lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram". Note também Salmos 82:6-7: "Eu disse: vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo. Mas vocês morrerão como simples homens; cairão como qualquer outro governante."
O que a Bíblia ensina claramente vai de encontro ao que o Politeísmo ensina. Deuteronômio 6:4 nos diz: "Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." Salmos 96:5 declara: "Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o SENHOR fez os céus." Tiago 2:19 diz: "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem." Acreditar no único Deus verdadeiro exige que vivamos de uma forma que demonstre essa crença.
No evangelho da prosperidade, também conhecido como a religião “Palavra da Fé”, o fiel é encorajado a usar a Deus, enquanto a verdade do Cristianismo bíblico é justamente o contrário – Deus usa o fiel. A Palavra da Fé ou Teologia da Prosperidade enxerga o Espírito Santo como um poder a ser usado para qualquer coisa que o crente queira alcançar. O Movimento do Evangelho da Prosperidade muito se parece com a ganância tão destrutiva que infiltrou a igreja primitiva. Paulo e os outros apóstolos não tentaram conciliar sua teologia com a dos falsos mestres que tentaram propagar tal heresia. Eles os identificaram como mestres falsos e perigosos e muito encorajaram os Cristãos a evitá-los.
Paulo advertiu Timóteo sobre: "Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:5; 9-11)
Paulo disse que avareza é idolatria (Efésios 5:5) e instruiu os crentes de Efésios a evitarem qualquer pessoa que trouxesse uma mensagem de imoralidade ou avareza (Efésios 5:6-7). O ensino de prosperidade impede que Deus trabalhe sozinho, quer dizer, Deus não é o Senhor de tudo porque Ele não pode trabalhar até darmos a Ele a autoridade para assim fazer. Fé, de acordo com a doutrina da Palavra da Fé, não é confiança submissiva a Deus; fé é uma fórmula pela qual manipulamos as leis espirituais, as quais os professores da prosperidade acreditam que governam o universo. Assim como o nome "Palavra da Fé" implica, esse movimento ensina que a fé é só uma questão do que dizemos, mais do que em quem confiamos ou quais verdades adotamos e afirmamos em nossos corações.
Um termo favorito no movimento Palavra da Fé é "confissão positiva". Refere-se ao ensino de que palavras têm poder criativo. O que você diz, assim os mestres da Palavra da Fé afirmam, determina tudo o que acontece com você. Suas confissões, especialmente os favores que você exige de Deus, devem ser afirmados positivamente e sem qualquer dúvida de que vão acontecer. Então Deus tem a responsabilidade de responder a tal pedido (como se o homem pudesse exigir qualquer coisa de Deus!). Portanto, a habilidade de Deus de nos abençoar supostamente depende da nossa fé. Tiago 4:13-16 claramente contradiz esse ensinamento: "Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna".
Longe de enfatizar a importância de riquezas, a Bíblia nos adverte contra ir atrás de bens. Os crentes, principalmente os líderes da igreja (1 Timóteo 3:3), devem se livrar do amor ao dinheiro (Hebreus 13:5). O amor ao dinheiro leva a várias formas de mal (1 Timóteo 6:10). Jesus advertiu: " Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lucas 12:15). Em grande contraste à ênfase da Palavra da Fé em ganhar dinheiro e ter muitas posses nessa vida, Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6:19). A contradição irreconciliável entre o ensino do evangelho da prosperidade e o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo é resumido nas palavras de Jesus em Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."
A Crítica da Redação e Alta Crítica são apenas algumas das muitas formas de Crítica Bíblica. Seu objetivo é investigar as Escrituras e fazer decisões quanto à autoria, historicidade e data em que certo documento foi escrito. A maioria desses métodos acaba tentando destruir o texto da Bíblia.
A Crítica Bíblica pode ser dividida em duas formas principais: Alta Crítica e Baixa Crítica. A Baixa Crítica é uma tentativa de achar a escrita original do texto, já que não mais possuímos os manuscritos originais. A Alta crítica lida com a autenticidade do texto. Certas perguntas são feitas, tais como: Quando foi realmente escrito? Quem realmente escreveu o texto?
Muitos críticos não acreditam na inspiração das Escrituras e portanto usam essas perguntas para dissipar o trabalho do Espírito Santo nas vidas dos autores das Escrituras. Eles acreditam que o nosso Antigo Testamento é simplesmente uma coleção de tradições orais que não foi escrita até depois de Israel ter sido levada em cativeiro pela Babilônia em 586 A.C.
Claro que podemos ver nas Escrituras que Moisés escreveu a Lei e os primeiros cinco livros do Antigo Testamento (chamado de Pentateuco). Se esses livros não foram realmente escritos por Moisés, e não até muitos anos depois da nação de Israel ter sido fundada, os críticos poderiam clamar falta de precisão do que foi escrito, e com isso refutar a autoridade da Palavra de Deus. Mas isso não é verdade. A Crítica da Redação é a ideia de que os escritores dos Evangelhos foram nada mais do que simples colecionadores de tradições orais e não os verdadeiros escritores diretos dos Evangelhos. Os críticos da redação afirmam que o propósito do seu estudo é encontrar a "motivação teológica" por trás da seleção do autor e da compilação de tradições ou outros materiais escritos dentro do Cristianismo.
O que podemos ver em todas essas formas de Crítica Bíblica é a tentativa, por parte de alguns críticos, de separar o trabalho do Espírito Santo da produção de um documento escrito que seja confiável. Os escritores das Escrituras explicaram como as Escrituras passaram a existir. "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Timóteo 3:16). Foi Deus quem deu aos homens as palavras que Ele queria que fossem registradas. O Apóstolo Paulo escreveu: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum" (2 Pedro 1:20-21). Aqui Pedro está dizendo que essas Escrituras não foram imaginadas pela mente humana, criadas apenas por homens que queriam escrever algo. Pedro continua: "mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). O Espírito Santo disse a eles o que Deus queria que escrevessem. Não há necessidade de criticar a autenticidade das Escrituras quando podemos saber que Deus estava por trás de tudo, dirigindo e guiando os homens quanto ao que registrar.
Mais um versículo pode ser interessante quanto ao assunto de autenticidade das Escrituras. "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (João 14:26). Aqui Jesus estava dizendo aos seus discípulos que em breve Ele estaria indo embora, mas que o Espírito Santo iria ajudá-los a lembrar o que Ele ensinara aqui na terra para que assim pudessem mais tarde registrá-lo. Deus estava por trás da autoria e preservação das Escrituras.
Quando os três primeiros evangelhos são comparados – Mateus, Marcos e Lucas – é bem fácil ver que as narrativas são bem semelhantes em conteúdo e expressão. Como resultado, Mateus, Marcos e Lucas são conhecidos como os “Evangelhos Sinóticos”. A palavra “sinótico” significa basicamente "ver juntos com uma visão comum". As muitas semelhanças entre os evangelhos sinóticos têm levado alguns a questionarem se os autores dos evangelhos tinham uma fonte em comum, um outro registro escrito do nascimento de Cristo, do Seu ministério, vida, morte e ressurreição, do qual poderiam ter obtido o material para os seus Evangelhos. Alguns argumentam que Mateus, Marcos e Lucas são tão semelhantes que provavelmente utilizaram os evangelhos uns dos outros ou uma outra fonte em comum. Essa suposta “fonte” tem sido chamada de “Q”, da palavra alemã quelle que significa “fonte”.
Há evidência para um documento “Q”? Não, não há. Nenhuma porção ou fragmento de um documento “Q” jamais foi encontrado. Nenhum dos fundadores da igreja primitiva jamais mencionou uma “fonte” para o Evangelho em seus manuscritos. “Q” é a invenção de “estudiosos” liberais que negam a inspiração da Bíblia. Eles acreditam que a Bíblia seja apenas um trabalho literário, sujeita ao mesmo tipo de crítica que outros trabalhos literários. Novamente devemos dizer que não há qualquer evidência para o documento “Q” – biblicamente, teologicamente ou historicamente.
Se Mateus, Marcos e Lucas não usaram um documento “Q”, por que os Evangelhos são tão semelhantes? Há várias explicações possíveis. É possível que os outros escritores dos Evangelhos tenham tido acesso a qualquer dos Evangelhos que tinha sido escrito primeiro (provavelmente Marcos). Não há qualquer problema com a ideia de que Mateus e/ou Lucas copiaram algum texto do Evangelho de Marcos e usaram esse texto em seus Evangelhos. Talvez Lucas tenha tido acesso ao livro de Marcos e Mateus e usado textos de ambos os Evangelhos em seu próprio evangelho. Lucas 1:1-4 nos diz: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.”
A explicação mais plausível quanto ao porquê da semelhança entre os evangelhos sinóticos é que todos são inspirados pelo mesmo Espírito Santo e foram todos escritos por pessoas que testemunharam, ou escutaram de primeira mão, esses mesmos eventos. O Evangelho de Mateus foi escrito pelo Apóstolo Mateus, um dos doze que seguiram Jesus e foram apontados por Ele. O Evangelho de Marcos foi escrito por João Marcos, um amigo próximo do Apóstolo Paulo, o qual foi ensinado pelos outros apóstolos sobre a vida e ministério de Cristo. Por que não esperaríamos que suas narrativas fossem parecidas umas com as outras? No fim das contas, cada um dos Evangelhos foi inspirado pelo Espírito Santo (2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:20-21). Devemos, portanto, esperar encontrar semelhanças e unidade.